sexta-feira, julho 13, 2012

Let there be rock ("Que haja rock")

Algumas pessoas me questionam pelo fato de gostar de música clássica de forma apaixonada (como gosto) e por outro, num paralelismo, gostar, também, de ouvir rock. Rio todas as vezes que escuto isso. Tento explicar que dentro de mim existem vários seres. Aqueles com propensões solares e aqueles com propensões mais eclípticas. Aos solares dou a música clássica; aos eclípticos, o rock n' roll. Somos em magnitude, o real e o aparente. 

Outro explicação é nietzscheana. Penso no apolíneo e no dionísiaco. O apolíneo representa a ordem, a luminosidade, a harmonia. Já o dionísiaco representa o desejo insaciável pela festa, pelo ritmo, pela dança, pela externalização dos instintos mais reprimidos. E talvez a força do rock esteja presente neste último aspecto: as qualidades da música estão na simplicidade e na estrutura pegajosa, que o tornou necessariamente popular. 

Hoje, dia 13 de julho (sexta-feira 13, que ajuda a incrementar o folclore da mística do rock), é convencionado como o "Dia Mundial do Rock!". Abaixo seguem duas músicas de que gosto e servem para incrementar essa força. São músicas que afirmam essa expressão mais aguda do rock: o movimento, o jogo jocoso, a melodia pegajosa e dançante. Considero que essas duas músicas sejam elementos metalinguísticos daquilo que é o rock. Johnny B. Goode é um clássico imortal de Chuck Berry e Let there be rock ("Que haja rock"), do AC/DC, carrega ainda mais essa ideia de o rock é uma música dada pelos deuses.  

Chuck Berry, Jhonny B. Goode
 

AC/DC, Let there be rock

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