quarta-feira, outubro 29, 2008

Impressões solares

Uma luz incandescente doura o horizonte.
Cria um ponto referencial alaranjado.
Um réquiem.
A beleza mesclada à morte.
Nuvens como gases ensangüentadas giram,
Enfeitam, tentam por ataduras no
Astro magnificente.
Os momentos são decisivos.
Uma laranja avermelhado, ourífero,
Habitado pela dor encarnada do silêncio.
As formas “deformadas” pela luz carmesim.
O horizonte com os montículos
Distantes completamente tomados
Pela fumaça rala, acinzentado,
Com uma coroa vermelha a lhe vestir
Toda a extensão.
A luz desapareceu e ficaram os fragmentos,
Os pedaços tênues
Das cinzas escarlates.
É o prelúdio da morte.
O ritual da vida natural,
Dos processos naturais;
Em outra parte, em outro lugar,
Os vívidos raios encherão de vida
Os seres, as coisas, para morrer outra vez –
Seria o eterno retorno da natureza?
Por Carlos Antônio Maximino de Albuquerque
Data: 01 de julho de 2008.

Um comentário:

Anônimo disse...

Qdo comecei a ler...Sabia que aquele texto era do Rubem Alves! Amor tem uma árvore linda dessa aqui pertinho de casa! bjus