Nos últimos três ou quatro anos, tenho empreendido uma jornada pela literatura brasileira. Escolho, no início do ano, doze livros de autores nacionais para ler - um por mês. Privilegio os clássicos. Isso tem me permitido entrar em contato com muitos livros que sempre sonhei ler. Estimo bastante os escritores brasileiros. Conhecer os escritores nacionais é conhecer nossa história, nossas crenças, nossos pecados; e nossas belezas também.
Em 2024, não cheguei nem à metade dos doze livros. Finalizei apenas cinco. Distrai-me com outras leituras. Aqueles que não foram lidos este ano, migrarão para a lista de 2025. A única releitura que farei fica por conta de "Iaiá Garcia", de Machado de Assis. Li-o há bastante tempo. Preciso revisitá-lo. Lerei um novo Jorge Amado. Tenho tentado ler um Jorge por ano em ordem cronológica. Lerei mais uma obra de José Lins do Rego - dessa vez, Eurídice. A prosa do escritor paraibano é, para mim, viciante. Após a leitura de "Eurídice", terei concluído toda obra romanesca de Zé Lins.
Voltaremos a ler Carlos Drummond. Em 2023, tive a grata experiência de ler "A rosa do povo", um livro cuja escrita aponta para a visão pessimista do autor. Foi uma das melhores leituras que realizei aquele ano. Escolhi, dessa vez, "Claro Enigma", pois é um dos seus livros mais significativos. Voltaremos aos labirintos da escrita de Clarice Lispector. Leremos Lima Barreto, um dos seus poucos livros que ainda não li. Já Cornélio Penna e Pedro Nava não são escritores tão conhecidos do grande público. Estão restritos ao círculos acadêmicos. Preciso conhecê-los. Há ainda Cascalho, de Herberto Sales, que trata sobre o curto ciclo minerador na Chapada da Diamantina. E ficaram os calhamaços Crônica da casa assassinada e Grande Sertão: Veredas, dois dos livros mais importantes, no século XX, escritos no Brasil.
Eis a lista:
- A menina morta - Cornélio Penna
- A maçã no escuro - Clarice Lispector
- Grande Sertão: Veredas - João Guimarães Rosa
- Baú de ossos - Pedro Nava
- Crônica da casa assassinada - Lúcio Cardoso
- Cascalho - Herberto Sales
- Numa e a Ninfa - Lima Barreto
- Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
- Iaiá Garcia - Machado de Assis
- A alma encantadora das ruas - João do Rio
- Eurídice - José Lins do Rego
- Jubiabá - Jorge Amado
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