domingo, março 31, 2019

Wall-E, mais que uma animação


Já perdi as contas de quantas vezes assisti à animação Wall-E. Como costumeiramente faço, fragmentei os 97 minutos do filme em duas ocasiões, com intervalo de uma semana entre uma metade e outra. A correria da vida me obriga a isso. Somente assim, consigo realizar um dos meus maiores prazeres: acompanhar a sétima arte.


                Wall-E apresenta mais do que mostra. Verdadeiramente, não é um filme para crianças. Ele traz uma série de questões sérias, tratadas com muita sensibilidade. A tomada panorâmica da cena que inicia o filme já é uma obra de arte.  Wall-E é um robozinho simpático, responsável por compactar lixo. Em mundo distópico, no de 2.700, o Planeta Terra é um grande lixão a céu aberto. A humanidade foi obrigada a sair do Planeta e viver numa estação espacial (a Astom) por um período de cinco anos, enquanto a limpeza estava sendo feita. Torres de lixo se agigantam por todos os lados. Espigões taciturnos se equilibram no ambiente cinzento. Prédios abandonados. Terra seca. Uma paisagem estéril de vida. Não há árvores nem água. Apenas os restos daquilo que fez parte do mundo de consumismo humano. Superfluidades e necessidades criadas. 

                Restou ao autômato robozinho realizar a tarefa de organizar o caos. Diariamente, ele e uma única companheira existente, uma barata, (uma referência clara à resistência do famoso inseto), realizam uma tarefa aparentemente inexpugnável. Ou seja, numa batalha ou numa catástrofe com efeitos globais, a barata é um dos poucos seres a resistirem à intempérie. De tempos em tempos, um robô é enviado para inspecionar a possibilidade de existência de qualquer forma de vida. Observa-se a recuperação do Planeta. A expectativa é que uma vez que as condições de vida tenham sido restabelecidas, que os humanos voltem a habitar o Planeta.

                Eva surge em meio a esses acontecimentos. Ela é um modelo altamente sofisticado. Possui recursos bastante diferentes daqueles que possui Wall-E. Sua visita segue o protocolo de todos os outros robôs com o seu modelo que já visitaram o Planeta: encontrar uma forma de vida. Wall-E apaixona-se por ela. Eva (outra clara referência a uma personagem mítica, segundo a Bíblia, a mãe de todos os seres humanos) não demonstra qualquer sentimento(sic.) pelo robozinho. Após visualizar uma plantinha, anteriormente  descoberta por Wall-E, Eva entra numa espécie de auto-hibernação. 

                Após ser resgatada pela espaçonave que a enviou, Eva volta a Astom. Mas, Wall-E resolveu, com seu espírito de curiosidade, seguir a robozinha. À bordo da Astom, inúmeros episódios acontecem com Wall-E e sua admirada Eva. Em outra referência a Isaac Isimov, descobre-se que o responsável pelo controle, pela manipulação para que os humanos continuassem naquela condição era o computador central da Astom. Ele procura controlar as ações da nave, impedindo que os humanos retornem ao Planeta Terra. Há ainda outra referência ao computador central Hall, de 2001: Uma odisséia no espaço (de Stanley Kubrick) que é evocado. Há ainda o trecho inicial da obra Assim falou Zaratustra, do compositor alemão Richard Strauss. 

                Outro importante elemento intertextual é relação entre Wall-E e Chaplin. Wall-E é um herói atrapalhado e simpático. Ele possui aquele charme que é impossível de não ser admirado. Apaixonamo-nos facilmente por esse tipo de personagem. Existe uma bondade intrínseca. Filmes como O garoto ou Tempos Modernos, geram uma admiração pelas suas qualidades imortais. Nessas obras, percebemos a genialidade de Chaplin. Wall-E é a contraparte de Carlitos. É o herói apaixonável. O robozinho compactador é a bondade personificada. 

                A película trata de uma série de questões que são dignas de debate. Há claras insinuações sobre a relação do ser humano com o consumo e a produção de descartes. O lixo é um fenômeno necessariamente do mundo humano. Na natureza, tudo se transforma. Não há que se considerar a produção de lixo como algo natural. Os resíduos são humanos – sejam eles líquidos, sólidos ou gasosos.

                Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em 2025, haverá um salto de 1,3 bilhões de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas de lixo. A população do Planeta aproxima-se dos oito bilhões de pessoas, sendo que a classe média mundial pode chegar a cinco bilhões. O crescimento da quantidade de eletrônicos cria problemas. Por ano, são descartadas 45 milhões de toneladas de material eletrônico. Além do objeto em si, vale mencionar os elementos químicos que contaminam o solo, rios e mares. Segundo reportagem do site O Globo, a quantidade de plugues, tomadas, televisões, computadores, baterias de celulares, celulares, painéis solares seriam suficientes para formar uma linha reta entre Nova York (EUA) e Bangkok (Tailândia). A estimativa é que, em 2021, chegue a 52,2 milhões de toneladas de lixo eletrônico. O crescimento segue uma lógica progressiva. Quanto mais rico é o país, maior é a sua produção de lixo. Quase metade do lixo produzido no mundo é derivado de trinta países, os mais ricos do mundo. A maior parte dos países tidos como desenvolvidos produzem cerca de 600 quilos de lixo per capita. Segundo o Banco Mundial, o índice per capita de produção de lixo dos países ricos aumentou 14% desde 1990 e 35% desde 1980.  Em 2010, segundo a agência de Proteção Ambiental daquele país, 34 milhões de toneladas de sobras de comida foram jogadas em lixeiras. Trata-se de uma tendência mundial. No Brasil, o número do desperdício alimentar também chega próximo a isso. 

                Gera-se um elevado custo ambiental com toda essa produção de resíduos. O Planeta não comporta tão grande acúmulo de lixo. 800 milhões de toneladas de lixo são jogadas em aterros sanitários. Ou seja, desenha-se um cenário em que medidas necessárias e urgentes devem ser tomadas. As futuras gerações arcarão com um preço altíssimo pelo consumo elevado sem uma política efetiva por parte dos governos. 

                Outra questão importante debatida no filme é o sobrepeso em decorrência de uma alimentação inadequada. Os humanos após terem ficado por muitos séculos sentados, sedentários, alimentando-se de forma irregular, engordaram. Vivem frivolamente. Tudo o que desejam conseguem com facilidade. Os desejos estão ao alcance da fala. O computador central realiza todas as ações.  A inércia fez com que, ao longo do tempo, eles tivessem a estrutura óssea comprometida. Não conseguem, pois, ficar de pé. Sustentar a própria estrutura corporal. 

                Uma das constatações da atualidade é a quantidade de pessoas obesas ou com sobrepeso no mundo. Estudos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostraram que 2,2 bilhões de pessoas (cerca de 30% da população mundial) são obesas ou estão com sobrepeso. De acordo com o mesmo estudo, há cerca de 700 milhões de obesos. Desses, 100 milhões são crianças. No Brasil, estima-se que 78% das crianças não praticam quantidade de exercícios exigida pela Organização Mundial. Estão cada vez mais sedentários por conta da mudança do estilo de vida (violência, crescimento do individualismo etc) e a acentuada exposição às tecnologias. Não há a incorporação de atividades físicas ao cotidiano. Uma pessoa normal precisa caminhar 10 mil passos diariamente. 

                A Organização Mundial de Saúde estima que 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos do mundo. As doenças associadas à obesidade são a segunda causa de mortes no mundo, perdendo apenas para os problemas associados ao tabagismo. Os governos gastam meio trilhão de dólares com a manutenção dos sistemas de saúde a fim de reverterem os problemas associados à obesidade. Nenhum país teve qualquer declínio nas taxas de obesidade nos últimos 33 anos. Na verdade, o número de pessoas obesas ou com sobrepeso cresceu aproximadamente 70% nas últimas três décadas. 

                Os países com os índices mais altos de obesidades do mundo estão no Oriente Médio e Norte da África. Na região, 58% dos homens e 65% das mulheres com 20 anos ou mais estão acima do tempo. Todavia, os países com os maiores números de obesos do mundo são Estados Unidos (86,9 milhões), China (62 milhões), Índia (40,4 milhões), Rússia 29,2 milhões, Brasil (26,2 milhões), México (24,9 milhões), Egito (21,8 milhões), Alemanha (17,1 milhões), Paquistão (16,7 milhões) e Indonésia (15,1 milhões). A obesidade está associada ao consumo de alimentos e bebidas ricos em gordura e em açúcar. As tecnologias facilitaram em excesso a vida da sociedade atual. O número de calorias gastas diariamente é cada vez menor.  Uma vida menos dinâmica e menos voltada para as atividades físicas, tem pó consequência o ganho de peso e o surgimento de uma série de doenças associadas à obesidade (diabetes, hipertensão, cardiopatias etc). 

                O filme Wall-E é uma excelente produção. É capaz de proporcionar descontração, riso e uma doce sensação diante das peripécias apaixonadas do robozinho simpático que leva o nome do filme. Todavia, é uma obra que permite uma leitura crítica sobre várias temáticas do tempo presente. É um filme, aparentemente, feito para o público infantil, com um direcionamento para ser refletido pelos adultos.             
               

quarta-feira, março 06, 2019

Paulo Guedes, uma gestão para fabricar miseráveis


Em artigo monumental assinado por André Araújo para o GGN, encontramos uma funda e lancinante análise sobre o incensado ministro Paulo Guedes, o “posto Ipiranga” do governo Bolsonaro e sobre a Escola de Chicago. Se tivesse sido coerente consigo, Bolsonaro não teria escolhido Paulo Guedes para ser o seu todo-poderoso Ministro da Fazenda. Vale lembrar que Bolsonaro foi um duro crítico das privatizações da era FHC. Ele sabia que para ter estofo, criar condições de elegibilidade e sustentabilidade de um suposto governo, teria que convidar alguém que fizesse amplas e irrestritas sinalizações para o mercado.

O início do governo Bolsonaro tem sido marcado por uma sucessão de qüiproquós. Percebe-se uma inabilidade administrativa de muitos dos ministros. Alguns são meros sabujos; outros, estão comprometidos com o obscurantismo; são antípodas da civilização. Negam evidências científicas. Radicalizam ideias numa fixidez infantil.

Um dos mais badalados é Paulo Guedes, o guardião das joias da coroa. Desde a campanha, Bolsonaro deu carta branca para que o banqueiro realize as reformas de que o mercado necessita. Todavia, aquilo de que o mercado necessita, não necessariamente está harmonizado com as demandas da sociedade. Administrar um país não é o mesmo que gerir uma empresa. Um país desigual como o Brasil exige que certas demandas sejam resolvidas com certa urgência.

O interesse do mercado é gerar riquezas para entes privados. Os benefícios para a sociedade acontecem por tabela, por consequência indireta. Para que o projeto de desmantelamento dos direitos sociais assegurados na Constituição e das riquezas do estado estejam à serviço do mercado é preciso flexibilizar direitos. O eufemismo, figura que consiste no abrandamento de uma expressão, utilizado para a consecução desse projeto é “reforma”. As reformas são necessárias, mas desde que beneficiem ou incluam os mais pobres. País rico não é aquele que produz riquezas para os ricos apenas, mas é aquele que consegue tirar o maior número de miseráveis da pobreza.

Paulo Guedes é sacerdote do deus mercado. Seu mantra é a privatização de tudo; a entrega das riquezas produzidas coletivamente para as mãos de poucos. Uma lipoaspiração profunda do estado. Cada um é o senhor de si, segundo a concepção ultraliberal de Guedes, capaz de colocar em prática a livre iniciativa. Guedes esquece que em um país, com o número de desempregados, ou de pessoas jogadas na informalidade, o mercado não é o mecanismo adequado para selecionar o problema. O receituário do Chicago Boy só gerou perdas e tragédias sociais onde foi aplicado. Uma vez que seja aplicado do modo como o mercado deseja, teremos uma geração de desvalidos e miseráveis, com menos serviços públicos, com degradação ambiental, violência, repressão e as expectativas cinzentamente melancólicas sobre o futuro. 

Das catacumbas de Chicago, uma política de exclusão social – a história cobrará seu preço

O Ministro Paulo Guedes acredita que o Estado não é necessário para amparar os excluídos da prosperidade, MAS ele estudou na Universidade de Chicago com uma bolsa da CAPES, portanto paga pela Estado brasileiro. Não é uma incoerência? É evidente, mas como procurar coerência em quem não tem a mínima noção de seu País? A visão dele é de mercado, ele é um homem de mercado e não de Estado, a partir do Plano Real a economia do Brasil é regida por “homens de mercado” e não por homens de Estado, com Paulo Guedes se chega a expressão máxima dessa anomalia.

A Escola de Economia de Chicago está HOJE absolutamente fora da corrente mais moderna do pensamento econômico nos Estados Unidos.

É uma doutrina que já estava fora da logica econômica ANTES da crise financeira de 2008, mas a partir dessa catástrofe, salva pelo Estado, a escola de Chicago foi enterrada, ninguém mais a leva a sério suas cartilhas démodées, sua visão simplista de mundo que nem aos EUA serviu. Teve um fugidio ciclo de gloria nos anos 70 e 80 nos governos Thatcher e Reagan com desdobramento nos porões do governo Pinochet no Chile mas mesmo no Chile o almanaque de Chicago foi arquivado com a queda humilhante do Ministro da Fazenda Sergio de Castro em 1982, um ícone de Chicago,   episódio que aqui no Brasil os Chicago-boys jamais contam, o plano neoliberal da gestão Sergio de Castro, tão elogiado por quem não conhece a estória inteira, fez agua, levou o Chile a uma mega crise financeira e politica e  uma completa troca da equipe econômica, o novo Ministro foi o General Enrique Montero, cuja politica foi um reverso da anterior com o  ápice numa crise cambial incontrolável, lembrando o que ocorreu com a gestão Gustavo Franco no BC do Brasil.

A escola de Chicago no Chile conduziu a economia chilena ao desastre, Pinochet trocou de política muito antes de cair, lá NÃO foi um sucesso.

Mas em Chicago uma curiosa recorrência aconteceu. Os alunos medíocres de Milton Friedman, muitos deles brasileiros, puseram na cabeça somente alguns capítulos de sua cartilha. Friedman era muito mais inteligente que seus alunos e ele tinha perfeita consciência das limitações da economia de mercado para organizar uma sociedade. Friedman foi um dos primeiros proponentes de um mecanismo de amparo social aos que não conseguem competir por limitações que são da própria natureza e não de culpa individual e para esses desafortunados Friedman defende o amparo do Estado, seu modelo é uma raiz da ” bolsa família’. Essa parte das aulas de Friedman os fanáticos da economia de mercado não aprenderam e não repercutem. Também não contam o final da vida de Friedman, que reviu muitas de suas lições em longas conversas com Alan Greenspan, que mostrou a Friedman a complexidade operacional da política monetária que ia muito além do que Friedman, um acadêmico puro, pensava.


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sábado, março 02, 2019

Algumas palavras sobre "Green Book - o guia"

               Assisti, no último sábado, ao filme Green Book – O guia, que traz dois nomes já conhecidos do cinema – o experiente Viggo Mortensen (de O Senhor dos Anéis e Capitão Fantástico) e o talentoso Mahershala Ali (de Moonlight). O filme possui elementos de comédia, mas o que prepondera é o drama. A obra coloca como tema central o racismo, a cultura erudita, a transformação que as relações construtivas proporcionam e a amizade improvável entre um italiano de personalidade sanguínea e um pianista de música erudita. 

                Tony Lip ou simplesmente Tony Vallelonga (Viggo Mortensen) é um segurança, o  cão-de-chácara de uma boate. Neste lugar, ele é implacável com os espertinhos e bêbados inconsequentes. Quando o seu local de trabalho passa por uma reforma, ele fica sem ter o que fazer. Precisa arrumar dinheiro para sustentar a família. Com isso, surge a oportunidade de se tornar o motorista de um pianista pelo Sul dos Estados Unidos.  O primeiro contato que Lip estabelece com Don Shirley (Mahershala Ali) não é dos melhores. Todavia, por conta das inúmeras recomendações, Don acaba por contratá-lo. 

Lip é o homem certo, mas é o antípoda de Don Shirley. O músico é um sujeito sofisticado. Possui as credenciais de um intelectual. Domina as leis combinatórias da língua. Possui a postura e a galhardia de uma cultura conseguida com treino. Lip fica impressionada com as sutilezas, com a elegância de Shirley enquanto este executa uma obra musical. Don o repreende em diversas ocasiões por conta dos pequenos atos – pegar algo indevido, agir de maneira truculenta, fumar incessantemente etc. 

Ao viajar pelo Sul dos Estados Unidos, no período em que o país enfrentava o dilema com leis e costumes que criavam abismos entre negros e brancos, nota-se o quanto a relação dos dois se torna mais próxima. Shirley enfrenta as agruras de ser negro com um treinamento superior. Uma das suas frases no filme é emblemática: “Um negro só vive tranquilo quando é famoso”. Apesar de ser um sujeito com dotes, com um estofo cultural que o colocava acima de muitas pessoas do mundo dos brancos, Shirley é estigmatizado pela questão racial. Sua cor é um muro, um impeditivo, um estorvo para que o seu fluxo social seja completo. No Sul dos Estados Unidos, os negros são tratados como párias. Não basta saber tocar Chopin, Rachmaninov ou Shostakovich. Por ser negro, Shirley é visto como alguém inferior, tolerado apenas pelas suas habilidades. Fora disso, ele é meramente decorativo.
Essa condição se acentua, quando Shirley tem que tocar em um clube. Em um primeiro momento, Shirley pede para ir ao banheiro.  Ele é proibido de usar o banheiro das pessoas brancas. Uma estrutura ordinária de madeira afastada do prédio é o lugar reservado para os negros. Shirley prefere voltar ao hotel a usar aquele espaço incipiente e vexatório. Em outro momento, o músico é obrigado a comer em local afastado do salão, onde todos os frequentadores do clube estavam. Havia uma tradição ali que impedia que pessoas como Shirley ocupassem o espaço para comer. Lip e Shirley decidem deixar o lugar. 

A questão do racismo, apesar de estar presente no filme, é tratada de forma superficial, de modo moderado. Mas, entendemos qual o propósito de tudo aquilo. Há fatos absurdos que determinam a relação entre os homens; que criam obstáculos para que os homens se aproximem, se relacionem, vivam em harmonia. Os obstáculos são criados para separar os homens. Para criar relações entre seres suposta superiores e seres inferiores, seja por uma questão econômica, racial, sexual, religiosa ou qualquer outro muro criado para segregar.

O filme deixa implícita a ideia de como uma amizade verdadeira pode melhorar os elementos relacionados. Lip muda em muitos aspectos por causa de Don Shirley. Mas o próprio Shirley também é sensibilizado pela relação com Lip. Ou seja, a amizade tem essa capacidade de criar empatia, de “afetar” dialogicamente as pessoas envolvidas. Green Book é um filme agradável. A experiência de vê-lo é positiva.
               

sexta-feira, março 01, 2019