Terminei a leitura de
“Ressurreição – história e mito”, de Geza Vermes. Estudei teologia. É um
assunto que surge, em alguns momentos, com certas nuances de interesse. Cursei teologia reformada, conservadora, ciosa de
certos pressupostos doutrinários; não capaz de relativizar conceitos por que
calvinista. Todo aquele conjunto de elementos inegociáveis – soberania divina,
as duas naturezas de Cristo, a ressurreição, a justificação pela fé; a
predestinação e a eleição; a glorificação dos fiéis numa apoteótica segunda
volta de Cristo. São temas caros e, portanto, basilares para os fiéis dessa
religião. Aqueles que acreditam fazem disso um dos fundamentos da vida.
Todavia, o conjunto dessas
doutrinas é resultado de uma formação paulatina da Igreja. A consolidação
desses entendimentos doutrinários passou por muitas disputas. Afinal, um
conceito não resulta de uma consolidação estanque – ainda mais quando se trata
de uma narrativa. Não coaduno mais com esse entendimento conservador, que
sacraliza certas compreensões e as tornam inamovíveis. A religião é um fenômeno
necessariamente humano. Religião é antropologia. É o resultado dos sonhos, dos
anseios mais recônditos do ser humano. Ela foi criada para justificar certos
elementos da realidade e que, sem ela, o ser humano teria dificuldades para
lidar e aceitar.
O que convencionamos chamar de cristianismo não era o mesmo há dois mil anos. A história é construída por um
constante jogo dialético. Os evangelhos, conforme os lemos, são bem distintos
dos textos paulinos, pois estes são o resultado do entendimento, da
sistematização daquilo que ele entendia ser o cerne dos ensinamentos de Jesus.
É possível falar que aquilo que Jesus não disse foi consolidado por meio de uma
interpretação. Paulo é um grande revisionista; um estruturador de fundamentos
teológicos. Do mesmo modo, de acordo com o excelente livro de Geza Vermes, o
conceito de ressurreição também levou tempo para ser uma doutrina
plenamente aceitável dentro do judaísmo e, mais tarde, tornar-se um tema da teologia
cristã.
Do ponto de vista histórico, o
cristianismo é uma vertente religiosa derivada do judaísmo. Sendo assim, boa
parte dos elementos estruturais do cristianismo foram herdados da religião dos
judeus. Por exemplo, a divindade do chamado Antigo Testamento, Javé, é a mesma
divindade do Novo Testamento. É o mesmo que profere uma sentença de aprovação à
Jesus no ato do batismo, conforme Mateus 4. Alguns conceitos teológicos também
foram herdados do judaísmo. A ideia de aliança é algo que perpassa todo o texto
bíblico. O amor, a proteção, a predileção divina também é algo que faz parte
desse conjunto.
No Antigo Testamento, conforme
diz Vermes, não se encontra a ideia de ressurreição como passou a ser acreditada no
cristianismo. Paulo eleva esse entendimento, tornando esse um dos signos de sua
pregação. Como teria ocorrido essa mudança de compreensão ao longo dos séculos?
É sobre isso que o autor procura
discorrer ao longo de sua didática obra.
Para ele, - e isso pode ser
comprovado pela experiência -, a teologia existente no Antigo Testamento afirma
que a vida no mundo físico é a única oportunidade que o fiel possui para se
deleitar, para fruir, para se regozijar. O autor de Eclesiastes escreve: “Tudo
quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na
sepultura, para onde vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem
sabedoria alguma”. (Ec 9.10). No livro de Jó, há ainda uma descrição mais
dramática sobre esse silêncio a que todos os seres vivos serão submetidos após
a morte. “Antes que eu vá para o lugar de que não voltarei, à terra da
escuridão e da sombra da morte; Terra escuríssima, como a própria escuridão,
terra de sombra da morte e sem ordem alguma, e onde a luz é como a escuridão”.
(Jó 10.20-21). Esse lugar silencioso, escuro, fechado, recôndito, de onde nada
emanava, tinha o nome de Xeol ou Sheol – em hebraico, “mundo” ou “morada dos
mortos”. Nesse mundo não seria possível adorar a deus. Isso só se torna
possível do lado de cá da existência (Sl 6.5).
Segundo Geza Vermes a mudança de
compreensão se deu por volta do segundo século antes de Cristo, no período
Asmoneu com os Macabeus. Esse período foi marcado por uma forte resistência
religiosa. As violações cometidas por Antíoco IV contra a fé dos judeus teria
feito surgir uma quantidade enorme de pessoas dispostas a proteger as tradições
da religião. Muitas pessoas teriam dado a própria vida para garantir a pureza
da fé. Há relatos de que Antíoco IV tenha sacrificado uma porca no altar do
templo sagrado dos judeus, algo que os ofendeu profundamente. Esse mesmo
soberano da dinastia selêucida procurou helenizar à força a cidade de
Jerusalém, instalando contra a vontade dos judeus, uma estátua de Zeus; além
disso, proibiu o culto judeu e a circuncisão. Foi o suficiente para um
movimento de resistência.
Aqueles que resistiram,
entregando a própria vida, precisavam de um prêmio. Não era justo para com eles
a morte e o confinamento frio e eterno do Sheol. Vermes cita o esclarecedor
texto do Testamento de Judá, escrito nesse período: “aqueles que foram mortos
em nome do Senhor despertarão para a vida” (25.4). Percebe-se, claramente, uma
mudança de compreensão. Do silêncio do Sheol, alguém poderia ressurgir. Era uma
mudança radical de compreensão.
Nos dias de Jesus, a ressurreição
era uma doutrina digna de certas disputas. Os fariseus, por exemplo, (partido
surgido à época dos Macabeus, diga-se de passagem), acreditavam que haveria
ressurreição. Já os saduceus, constitutivos da elite sacerdotal, não
acreditavam nessa doutrina. Todavia, há algo importante de ser observado. Os
fariseus eram o grupo mais proeminente e com maior capilaridade na sociedade
judaica da época. Eles possuíam um amplo grupo de adeptos. As doutrinas
defendidas pelos fariseus tinham uma maior penetração social. Os grupos
moderadamente abastados eram fariseus, o que dava a eles uma maior densidade,
uma maior penetração em vários estratos da sociedade. Eram criadores de
consenso.
Os evangelhos são escritos
posteriores à vida de Jesus. Foram escritos por pessoas que tinham o objetivo
de provar que Jesus era o Cristo, o Messias. Sendo assim, há um esquema
presente em todos: Jesus nasce miraculosamente, vive miraculosamente, morre; e
ressuscita miraculosamente. Como diz Vermes, quando se ler atentamente os evangelhos
é possível perceber que os apóstolos não tinham ideia do que aconteceria. Ou
seja, não contavam com a morte de Jesus. O próprio Jesus se esforça o tempo
todo para narrar com plena ênfase a chegada do reino de deus. Muitos dos
seguidores de Jesus e – talvez o próprio Jesus - entendessem que não veriam a
morte. O reino de deus havia chegado. Um exemplo disso está na passagem em que Jesus
diz que “muitos não provariam a morte até que vissem o reino de deus” (Lc
9.27); ou na esclarecedora passagem: “Interrogado pelos fariseus sobre quando
chegaria o Reino de Deus, respondeu-lhes: ‘A vinda do Reino de Deus não é
observável. Não se poderia dizer: ‘Ei-lo aqui! Ei-lo ali!’, pois eis que o
Reino de Deus está no meio de vós’” (Lc 17. 20-21). O “reino de deus” havia chegado; era uma realidade
incontrastável.
Entre a sua chegada, o
estabelecimento do reino de deus e o final dos tempos, havia o entendimento
para o próprio Jesus, que não haveria morte. Tanto é assim, afirma Geza Vermes,
que o ensinamento sobre a vida após a morte nos evangelhos é algo vago. A
sentença que emula a doutrina evangélica é a chegada do reino de deus.
Desse modo, a morte de Jesus foi
um verdadeiro “balde de água fria” nas intenções dos seus seguidores. Aquilo os
aturdiu profundamente. Ficaram confusos. Sem entender o evento. Alguns, talvez,
até decepcionados. Afinal, Jesus havia feito a promessa de uma redenção, de uma
transformação por meio da chegada de seu reino.
Os quatro evangelhos, de acordo com a redação encontrada na bíblia nos
nossos dias, aparentemente, conservam uma narrativa coesa. Todavia, analisada
em detalhes, deixam algumas pistas. Diz Vermes:
“O tema da
ressurreição ganha importância através do tratamento de dois aspectos da vida
de Jesus nos Evangelhos. Para servir às necessidades apologéticas da Igreja
explicando a cruz e a subsequente ressuscitação do Messias, os evangelistas
sentiram-se obrigados a inserir, nas suas narrativas da fase final da vide de
Jesus predições reiteradas da sua morte e ressurreição iminentes. Essas
profecias visavam, aparentemente, preparar seus companheiros mais próximos para
a sua queda e exaltação imprevistas ao final de sua carreira. É óbvio que ao
tentar relatar a ressurreição de Jesus os evangelistas enfrentaram uma
laboriosa tarefa. Seus relatos exibem numerosas incoerências. Contudo, as sete
ou oito décadas – entre 30 d.C. e 100-110 d.C., os anos que separam a morte de
Jesus da conclusão do Evangelho de João – testemunharam uma certeza
constantemente crescente na Igreja Primitiva quanto à ressurreição de Jesus e
sua presença espiritual entre os seus seguidores”. (pp. 135,136)
Sendo assim, a ressurreição é um
tema que ganha relevância, pois a morte de Jesus quebrou o fluxo de expectativa
dos seus seguidores. Os evangelhos procuram direcionar a narrativa, deixando a
entender que aquilo estava no horizonte da pregação de Jesus. Todavia, as
contradições internas atestam uma tentativa de inserção do tema. Há a busca de
relacionar a morte de Jesus com predições do Antigo Testamento que se harmonizassem
com a vida de Jesus. Um exemplo disso se encontra em Mateus 12.40. Nesta
passagem Jesus faz supostamente uma analogia da sua morte com o fato do profeta
Jonas ter ficado ‘três dias no ventre de um monstro marinho’. Do mesmo modo,
ele ficaria três dias no ‘ventre da terra’, até ressurgir dos mortos.
Como nos alega Vermes, essa
afirmação possivelmente seja fruto de uma organização pessoal do escritor do
Evangelho segundo Mateus. É a “laboriosa tarefa” de que fala o escritor. Diante
do evento da morte de Jesus, foi necessário criar um enredo capaz de criar esperança. A ressurreição não era o fim.
Paulo, mais tarde, falaria que “Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos
que adormeceram” (1 Co 15.20).
Uma outra questão importante
levantada por Vermes diz respeito a como cada evangelista narra o evento da
ressurreição, o que atesta um desencontro de perspectivas. Ou seja, cada
evangelista se muniu de material diverso. Isso gerou desencontros nos detalhes
da suposta ressurreição.
Mateus diz que Maria Madalena e a
outra Maria foram ao túmulo, no primeiro dia da semana, e um anjo removeu a
pedra e sentou-se sobre ela. O anjo possuía o brilho de um relâmpago. Os
guardas tremeram de medo e ficaram como mortos. As mulheres são aconselhadas
pelo anjo a contarem para os discípulos que Jesus havia ressuscitado e que iria
para a Galileia. Jesus aparece para as mulheres e reitera o que havia sido
anunciado pelo anjo. Os guardas são subornados pelas autoridades para não
confessarem o que havia acontecido. Era preciso falar que os discípulos
roubaram o corpo de Jesus enquanto os guardas dormiam. Na Galileia, Jesus se
encontra com os onze discípulos. Anima-os e encoraja para que eles levem a
mensagem ensinada até os confins do mundo. (Mt 28).
Em Marcos, diz-se que José de Arimatéia pediu o corpo de Jesus a Pôncio
Pilatos (sic.). José tirou Cristo da cruz. Enrolou-o em um lençol e o pôs num
túmulo que fora talhado na rocha. Em seguida, fechou a entrada do túmulo com
uma pedra. Maria Madalena e Maria, mãe de Joset, observavam onde Ele (Jesus) fora
posto. Tendo passado o sábado, elas voltaram para aplicar aromas ao corpo de
Jesus. Afinal, os preparativos não foram feitos por causa do final da
sexta-feira, quando foi morto, e o início do sábado. Elas especulavam entre si
como removeriam a pedra. Dessa vez,
diferente de Mateus, havia pelo menos três mulheres – Maria Madalena, Maria,
mãe de Tiago, e Salomé. Em Mateus não consta, Salomé. Outro detalhe, de Mateus
para Marcos é que, em Mateus, o anjo senta-se na pedra à entrada do túmulo; em
Marcos, elas entram para o túmulo e encontram o anjo sentado. Nos manuscritos
mais antigos, o capítulo 16 de Marcos termina abruptamente no versículo 8.
Nota-se, quando se inicia o versículo 9, que o texto tenta retomar um assunto, mas
há uma clara mudança no foco narrativo. É como se alguém tivesse pegado um
texto inacabado e fizesse um fecho para delimitar o seu fim.
Nesse sentido, é preciso perceber que o enxerto insere outras aparições.
A narrativa retilínea de Mateus é bem diferente do emaranhado de aparições de Marcos.
Por exemplo, Mateus diz que ele reapareceu para os onze no alto de um morro. Em
Marcos, Jesus se manifesta quando os discípulos estão á mesa. O texto chega ao
seu cabo com a seguinte sentença: “Ora, o Senhor Jesus, depois de lhes ter
falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus” (Mc 16.18). E diz
o texto que eles saíram dali decididos a pregar.
Em Lucas, há um detalhamento maior. Enquanto Marcos é frugal com o seu
texto, o autor de Lucas procura ser meticuloso. Repete alguns eventos
encontrados nos dois textos. Fala de José de Arimatéia. Descreve a intervenção
dele junto a Pilatos. O depósito do corpo de Cristo em um túmulo. As mulheres que ficam observando à distância
onde o corpo havia sido colocado. Quando elas voltam, encontram o túmulo
aberto. E, dessa vez, não é mais um único anjo: são dois com vestes
fulgurantes. Outra diferença é o nome daquelas que vão ao túmulo: Maria
Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Novamente, não há referência a Salomé.
Em compensação, surge alguém denominada de Joana. De acordo com Lucas, ainda
havia outras mulheres. (Lc 24.10). Outro detalhe que exibe a contradição sobre
o tema diz respeito ao modo como Jesus aparece para os onze. Após o episódio do
caminho de Emaús, Jesus aparece para os onze, dessa vez, em Jerusalém. Em
Mateus e Marcos, afirma-se que esse encontro se deu na Galiléia. (lC.24.33-36).
Em Marcos, é dito que a ascensão de Jesus se deu forma abrupta, quando eles
estavam comendo. Em Lucas, os discípulos vão com Jesus até Betânia. E nessa
localidade, Jesus foi “elevado ao céu”.
Em João, a figura de José de
Arimatéia reaparece, acompanhado, dessa vez, por Nicodemos. Observa-se que os
preparativos para o sepultamento acontecem ainda na sexta-feira. Segundo narra
o autor de João, Jesus foi colocado em uma espécie de jardim, em um sepulcro
novo. João insere outros elementos, o que sugere que houve uma tentativa por
parte dos evangelistas de criar uma narrativa que correspondesse à nova
situação que se estabelecera, a saber, a morte de Jesus. Diz João que Maria
Madalena foi sozinha ao túmulo (sic). Tendo chegado lá e percebido que o túmulo
estava aberto e vazio, voltou e foi avisar a Simão, ou seja, a Pedro, e,
possivelmente, a João, o discípulo que Jesus amava. Os dois correram até o
túmulo e comprovaram aquilo que havia sido dito por Maria.
Maria fica – sozinha – chorando
“junto ao sepulcro”, “de fora”. E aparecem dois anjos. Mas, junto com os anjos,
Jesus também aparece para ela. Ela não o reconhece. Após tê-lo confundido com
um jardineiro, ela o identifica. Ele pede para que ela vá contar a novidade aos
discípulos. Estando todos trancafiados, ele aparece no meio deles. Apresenta-se
e sopra sobre eles o espírito santo. Nesse ponto, há uma divergência para os
escritos de Lucas – o evangelho e Atos dos Apóstolos -, pois nos dois textos
eles são aconselhados a ficarem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos
de poder. Oito dias depois, estando os discípulos juntos, ele reaparece –
aparentemente – para dar uma prova de vida a Tomé. João termina dizendo que
Jesus fez inúmeros outros prodígios que não estão escritos no seu texto. Na
parte final, há uma espécie de epílogo. Funciona como se fosse um evento
deslocado do texto principal, mas que traz algumas informações curiosas. O fato
que chama a atenção é a pescaria frustrada de alguns discípulos. Jesus faz um
outro milagre: o milagre da pesca abundante. Pedro e os seus companheiros
recolhem 153 peixes grandes. Diz João que essa foi a terceira vez que ele
apareceu para os discípulos, depois que havia ressuscitado dos mortos. Há uma
série de falas repletas de um mistério que se projeta de forma aleatória. E o
texto de João termina dizendo que Jesus realizou tantas ações que, se elas
fossem descritas, não caberiam nos livros do mundo.
Em Atos dos apóstolos, o autor –
supostamente Lucas – diz que Jesus ficou com os discípulos durante quarenta
dias. Jesus diz, “no decurso de uma refeição”, que eles deveriam permanecer em
Jerusalém. Nota-se que diferente de João, eles ainda receberiam o espírito
santo. De repente, o texto afirma de maneira estranha que ele “foi elevado à
vista deles, e uma nuvem o ocultou a seus olhos”. Todavia, a continuidade do
texto nos faz crer que eles estavam “no monte chamado das Oliveiras”. Nota-se
que aqui já é o terceiro lugar de onde se fala que Jesus estava ou ascendeu aos
céus – Galiléia, Betânia e Monte das Oliveiras.
Essas evidências contrastantes atestam aquilo que Vermes afirma sobre a
tarefa que os discípulos tiveram a fim de criar um “esquema” capaz de dar
significado à ressurreição. Era preciso tornar crível a existência de Jesus como
o Messias; que sua mensagem não fracassou com a morte. A ressurreição de Jesus
se tornou um emblema poderoso. É a esperança daqueles que nele esperam.
No final do livro de Vermes, há
uma referência a uma expressão usada pelo teólogo alemão Rudolf Butmann.
Segundo ele, “o túmulo vazio é uma lenda apologética”. Sim. Lenda, pois passou
a fazer do imaginário e dos desejos extraordinários dos discípulos. E
“apologética”, pois se transformou em uma sentença teológica fundamental para o
cristianismo. Na verdade, é uma marca dessa religião. Não há como dissociar
esse elemento da fé. Excelente livro! Enriqueceu a minha percepção sobre esse
aspecto mitológico da fé cristã.