
Ao contrário do teatro, a leitura é atividade solitária. Podemos falar sobre um livro com um amigo, familiar ou colega de trabalho. Mas lemos e nos emocionamos sozinhos. Contudo, um bom livro nos ajuda a suportar melhor a solidão. Por isso, os livros foram chamados de “bons amigos”. Estão sempre esperando os leitores. No teatro, os personagens estão diante do espectador, podemos olhar os personagens. A leitura, ao contrário, coloca em jogo a imaginação do leitor. No teatro as reações de qualquer pessoa da plateia podem ser observadas pelos outros.
A leitura dá lugar a expressões – como rir, chorar ? que muitas vezes, a pessoa oculta em público. Tanto a leitura de obras ficcionais quanto o teatro têm função catártica, mas as estradas são diferentes. No final de uma peça, o público aplaude. Ao terminamos de ler um livro também podemos sentir desejos de aplaudir ou de criticar. Mas aplaudimos ou criticamos mentalmente.
Também podemos escrever nossas impressões ou procurar outras pessoas para fazer comentários ou trocar opiniões. Por isso é tão importante a criação de clubes de leitura. O ser humano é gregário e precisa de outros para dialogar e crescer. Podemos entender que o esforço do escritor é ciclópeo. Ele pr

Em síntese, lemos literatura para interpretar o mundo, para esquadrinhar a alma humana, para conhecer, para compreender, para sair do dia a dia rotineiro. Ítalo Calvino, Julio Cortázar e outros aconselham ler os clássicos. Os clássicos passam valores enquanto desenvolvem histórias.O escritor Jorge Luiz Borges dizia que ler deve ser um ato prazeroso. Ler é vital para nosso desenvolvimento como seres humanos.
Por que escrevemos?
A criação literária é como a frágua de Vulcano. Escrever nunca é morno. Esc

Escrever é colocar rédea nos cavalos da emoção. Civilizar a cólera. Contê-la para não expor em demasia esse eu paradoxal que deseja expressar-se e ora aparece, ora volta-se sobre si mesmo. Escrever é, às vezes, um ato de coragem e outras, um ato de estupidez. Mas sempre uma busca de catarse.
O texto é o produto do transbordar de um eu – Netuno, escondido nas águas do inconsciente. E é esse eu desconhecido que brinca com as palavras... deleita-se com as próprias histórias e incentiva o leitor a navegar no tempestuoso mar da literatura.
Por Isabel Furini
Extraído DAQUI
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