quinta-feira, abril 03, 2014

As Hébridas, de Mendelssohn

Certa vez, Felix Mendelssohn, um dos maiores compositores da história, fez uma viagem à costa da Escócia e voltou de lá tão impressionado que acabou compondo uma das mais belas e misteriosos peças já escritas. Trata-se de As Hébridas. Hoje pela manhã ouvi a obra sob a regência de Carl Schuricht e fiquei impressionado mais uma vez. Talvez, ninguém tenha captado com tamanha exatidão as características de um lugar ou de uma paisagem quanto nesta obra. Claro, existe Debussy e sua fabulosa La Mer; existe o Rachmaninov e sua desoladora A ilha dos mortos; existe Beethoven e sua Pastoral; existe Vivaldi e sua As quatro estações. Existe Shostakovich e sua aterradora Sinfonia número 11, "O ano de 1905"; existe Vaughan Williams etc. Mas o fato é que com Mendelssohn a beleza se cristalizou e o mistério da natureza se eternizou na arte. O que os pintores fazem com o pincel, Mendelssohn fez com a partitura. A música é um quadro notável.


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