terça-feira, fevereiro 28, 2017

Round Midnight (1986)

Ontem à noite, vi dois filmes. O primeiro foi Nascido para Matar, de Stanley Kubric, um filme de guerra, um dos melhores do gênero. Não é um dos melhores do cineasta americano, que após Laranja Mecânica e o místico 2001: uma odisseia no espaço, entra uma situação complexa de como fazer melhor aquilo que já havia feito. Mas existe o lado B de Kubric e nesse ponto eu colocaria Barry Lyndon e Nascido para matar. E o que fazer com O Iluminado e Doutor Fantástico? Kubric sempre nos deixa numa situação complexa.

O segundo filme foi Round Midnight, a que terminei de assistir, de Bertrand Tavernier. É uma obra que apaixona todo amante do jazz. O filme não apresenta nada de mais. A história não impressiona. As cenas se arrastam sem muito calor. Mas, a despeito disso, o que é delicioso mesmo é a música. É o mundo underground e marginal daqueles que fazem um dos ritmos mais revolucionários da história.

A obra tenta misturar realidade com ficção. Conta a história Dale Turner, um saxofonista tenor, viciado em álcool, que vai até Paris buscar se reconciliar com a sua arte. A personagem Turner é encenada nada mais nada menos que Dexter Gordon, considerado um pais do bebop. E não fica por aí. Aparecem ainda Herbie Hancock, Bobby Hutcherson, Ron Carter, Wayner Shorter entre outros.

Isso permitiu ao filme ter apresentações simplesmente fantástica. A qualidade do som é alta, algo que deixa salivando todo amante da boa música.Outro fato importante é que o filme foi feito em homenagem a dois outros monstros: Bud Powell e Lester Young, outros dois mitos do movimento.

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