Esses dias de quarentena têm servido para, entre outras coisas, assistir a alguns filmes. Por causa de uma demanda categórica, resolvi ver Star Wars: A ascensão de Skywalker, o episódio IX da conhecida saga iniciada or George Lucas ainda nos anos 71 do século XX. Falo em "demanda categórica" por ser fã de Lucas. Queria ver o que fizeram com a intriga cósmica que ele criou.
Como explicitei aqui há algumas semanas, Lucas vendeu para os estúdios Disney os direitos sobre os filmes. Até o momento da venda eram apenas seis filmes.
Para preencher uma sede, a princípio, dos fãs do filme, começaram a surgir obras quase anuais da saga. Quando não seguem o fluxo dos episódios, abordam perifericamente algum personagem ou evento não muito bem explicitado da saga. O objetivo disso tudo, claro, é o fator financeiro. Busca-se o lucro. As cifras bilionárias, pois ainda existe um público cativo; disposto a quedar-se diante da magia iniciada por Lucas.
Foi em busca da magicidade, que busquei assistir ao episódio IX. Infelizmente, a experiência não foi das melhores. Acredito que não existe mais o que explorar naquilo tudo. Falta imaginação. Há uma previsibilidade em tudo o que acontece. Os conflitos entre as personagens que compõem as hostes que se rebelam contra a Primeira Ordem já não empolga. Mais do mesmo. Os vilões, por sua vez, são imperfeitos em demasia. Houve uma tentativa de inserção do Senador Palpatine contra a Ray, a última Jedi. Teria sido melhor se o conflito entre os dois não tivesse acontecido. O conflito entre os dois possui rápida resolução. Acredito que este seja um dos problemas do filme: os conflitos possuem uma rápida resolução.
O conflito que leva ao clímax é um dos pontos mais baixos do filme. Sinceramente, cansa do início ao fim: milhares de naves imperiais contra naves capengas e sucateáveis. Foi-se o tempo em que havia filosofia, religiosidade, magia; uma crença imponderável, a maravilhosa direção e o olhar clínico de Lucas. Tudo me pareceu bastante descuidado. Sem força imagética. Repetitivo. Suntuosamente, desgastado.
Trata-se de um tipo de obra que não dá sustos no espectador. É redonda em excesso. Já se sabe a que porto vai chegar.
Com certeza, um dos piores filmes que vi nos últimos tempos.