domingo, abril 27, 2008

Impressões – Abertura Solene 1812

Escuto, ouço, aprecio a beleza
Tempestuosa de a “Abertura Solene 1812”
De Tchaikovski.
A grandiosidade dessa peça impressiona,
Põe um riso no canto dos lábios.
Ao cabo dela sentimo-nos grandes,
Magnificentes, imponentes, humanos.
São variações sobre um tema bélico
Retratado pelo duelo franco-russo.
As tropas napoleônicas marcham,
Transpõem o inverno rigoroso rumo ao leste.
Do outro lado, a recepção fria e disciplinada
Da força russa está pronta para o gládio.
O início da peça é magnificente, parece
Apontar para o palco, para os atores,
Para a batalha.
Logo em seguida um tema mais intenso, forte.
Os metais soam, os violoncelos retumbam
E sugerem o confronto em campo aberto.
A Marselhesa aparece suavemente e deixa
Transparecer que há um rápido triunfo francês.
Alguns temas do folclore eslavo são evocados,
Para representar o exército do czar.
De repente, o ímpeto, o impulso, a força,
O vigor que eclode em estampidos, como
Se uma nuvem do céu desabasse em fúria.
A Abertura Solene 1812 é um prodígio-épico-musical.
O estrépito final fazem os sinos repicarem, os canhões
Retumbarem – beleza e a paz gráceis surgirem.
E ao final: a exultação.

Por Carlos Antônio Maximino de Albuquerque

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