1. CURY, Augusto, O mestre da sensibilidade, Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2000, pp. 214.
Acabei de ler o livro O mestre da sensibilidade de Augusto Cury. De certa forma eu já havia estado em contato com a literatura do sr. Cury indiretamente. Sempre tive em mim a visão de que a sua literatura era incipiente e com fito mercadológico. Encaixa-se na classe dos sensacionalismos da indústria livresca do país. Trata-se de uma série de abordagens feitas em torno da figura de Jesus de Nazaré, segundo o autor, “ o homem mais atraente que já existiu”.
Acabei comprando esse livro no ano de 2002 numa livraria católica. Decidi comprar, talvez, inspirado pelas motivações religiosas que me absorvia na época. O volume foi ficando em minha estante até que chegou o momento de lê-lo. Confesso que inicialmente houve uma indisposição de minha parte. Por mais que em algumas partes o livro seja simplório e completamente vendido aos clichês religiosos, embora haja a explicação de que não vá defender nenhum credo religioso, a leitura é leve e sem maiores complicações. O autor trata de assuntos complexos e amplos com idéias curtas. Alguns assuntos ligados à Psicologia são esboçados com uma superficialidade atordoante. Fica aqui com certeza a impressão de que essa brevidade e laconicidade do autor, possua um interesse mercadológico. É uma espécie de literatura de auto-ajuda, um fast-food literário, tão em voga em nossos dias. Poderíamos afirmar que o sr. Cury é um campeão de bilheterias. Seus livros vendem, desculpem a expressão, como água. Não é que a literatura do sr. Agusto Cury seja boa. O fato é que o público sente uma necessidade de um tipo de literatura que preencha suas necessidades existenciais. Tudo isso de espraia num lastro complexo na pós-modernidade. É resultado do niilismo que acomete nossa civilização. Uma abordagem fraca a fim de alimentar necessidades profundas dos homens dos nossos dias.
Algumas metáforas são sofríveis. Não agradam pela artificialidade com que são acometidas. Poesia pobre atordoa todo aquele que possui um pouco de apuro ou sensibilidade poético-literária. Desculpem a arrogância. Mas finalizo aqui este comentário breve dizendo que a relevância que esse livro tenha me proporcionado reside no fato de que possui alguns apontamentos sobre a personalidade Jesus de Nazaré que revela um certo interesse por todo aquele que deseja crescer como ser humano.
“Sempre haverá argumentos para adiarmos o desenvolvimento da sensibilidade. Se há uma cortina de poluição que aborta nosso campo visual, há certamente um universo de detalhes que pulsa ao nosso redor: um diálogo aberto, o sorriso das crianças, uma viagem para dentro de si mesmo, uma revisão de paradigmas, a leitura de um livro. Precisamos gastar tempo com aquilo que não dá lucro para o bolso, mas para o interior. Jesus dizia que o tesouro do coração e estável, enquanto o material é transitório”. (p.200).
Acabei de ler o livro O mestre da sensibilidade de Augusto Cury. De certa forma eu já havia estado em contato com a literatura do sr. Cury indiretamente. Sempre tive em mim a visão de que a sua literatura era incipiente e com fito mercadológico. Encaixa-se na classe dos sensacionalismos da indústria livresca do país. Trata-se de uma série de abordagens feitas em torno da figura de Jesus de Nazaré, segundo o autor, “ o homem mais atraente que já existiu”.
Acabei comprando esse livro no ano de 2002 numa livraria católica. Decidi comprar, talvez, inspirado pelas motivações religiosas que me absorvia na época. O volume foi ficando em minha estante até que chegou o momento de lê-lo. Confesso que inicialmente houve uma indisposição de minha parte. Por mais que em algumas partes o livro seja simplório e completamente vendido aos clichês religiosos, embora haja a explicação de que não vá defender nenhum credo religioso, a leitura é leve e sem maiores complicações. O autor trata de assuntos complexos e amplos com idéias curtas. Alguns assuntos ligados à Psicologia são esboçados com uma superficialidade atordoante. Fica aqui com certeza a impressão de que essa brevidade e laconicidade do autor, possua um interesse mercadológico. É uma espécie de literatura de auto-ajuda, um fast-food literário, tão em voga em nossos dias. Poderíamos afirmar que o sr. Cury é um campeão de bilheterias. Seus livros vendem, desculpem a expressão, como água. Não é que a literatura do sr. Agusto Cury seja boa. O fato é que o público sente uma necessidade de um tipo de literatura que preencha suas necessidades existenciais. Tudo isso de espraia num lastro complexo na pós-modernidade. É resultado do niilismo que acomete nossa civilização. Uma abordagem fraca a fim de alimentar necessidades profundas dos homens dos nossos dias.
Algumas metáforas são sofríveis. Não agradam pela artificialidade com que são acometidas. Poesia pobre atordoa todo aquele que possui um pouco de apuro ou sensibilidade poético-literária. Desculpem a arrogância. Mas finalizo aqui este comentário breve dizendo que a relevância que esse livro tenha me proporcionado reside no fato de que possui alguns apontamentos sobre a personalidade Jesus de Nazaré que revela um certo interesse por todo aquele que deseja crescer como ser humano.
“Sempre haverá argumentos para adiarmos o desenvolvimento da sensibilidade. Se há uma cortina de poluição que aborta nosso campo visual, há certamente um universo de detalhes que pulsa ao nosso redor: um diálogo aberto, o sorriso das crianças, uma viagem para dentro de si mesmo, uma revisão de paradigmas, a leitura de um livro. Precisamos gastar tempo com aquilo que não dá lucro para o bolso, mas para o interior. Jesus dizia que o tesouro do coração e estável, enquanto o material é transitório”. (p.200).
22/02/2007, thurday.
Por Carlos Antônio M. Albuquerque
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