terça-feira, dezembro 16, 2008

Cantos

As cigarras cantam plangentemente
Nos galhos tortos das árvores.
São cantos vaticinadores:
A chuva vem.
Vem com seus encantos.
Com o seu tamborilar imperioso.
Os mosquitos brincam no ar.
O verde vomita fragrâncias
E exibe-se – a natureza.
Tantos choros,
Tantos lamentos.
A natureza comemora
Os seus encantos.
Grasnados canoros.
A hora infinda escorre com vagar.
O tempo dentro de mim
Move-se como uma serpente.
A diferença:
Fora, vagar e comemoração;
Dentro, apenas o silêncio
E a eternidade.

Por Carlos Antônio Maximino de Albuquerque
Data: sexta-feira, 27 de outubro de 2006, 18:27.

Nenhum comentário: