
Publicou o seu primeiro livro, o romance Terra do Pecado, em 1947, ficando até 1966 sem publicar. Em 1969, filia-se ao Partido Comunista Português (PCP) e enfrentou a repressão do regime fascista de Antônio Salazar. Pertenceu à primeira direção da Associação Portuguesa de Escritores e foi, de 1985 a 1994, presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores.
Vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1998 e de um prêmio Camões, a mais importante condecoração da língua portuguesa, o autor é considerado o criador de um dos universos literários mais pessoais e sólidos do século 20.De volta à prosa, seu estilo característico começa a ser definido em Levantado do Chão (1980) e em Memorial do Convento (1982). Em 1991, lança sua obra mais polêmica, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, a qual foi considerada uma afronte pela Igreja Católica de Portugal e o levou a deixar o país pouco tempo depois. Seu último romance editado foi Caim, publicado em 2009.
O escritor e crítico literário Hildeberto Barbosa Filho considera que as literaturas portuguesas perdem sua referência com a morte de Saramago. “Além de um grande escritor no campo da narrativa ficcional, Saramago foi o primeiro de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, dando a ela um caráter mais universal e sintetizando-a historicamente”. Entre os romances de Saramago, Hildeberto aponta O Ano da Morte de Ricardo Reis como o melhor. “É nesta obra que ele revela um olhar crítico sobre a ditadura de Salazar e a história do escritor Fernando Pessoa. Também faz uma profunda reflexão sobre o papel da arte e da estética na história”.
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