
Oscilo entre o otimismo e o pessismismo e, por fim, permito que este último ganhe quando penso no futuro da humanidade e do Planeta. Em meados século XX, Rosa Luxemburgo gritava: "Socialismo ou bárbarie!". Não quero fazer uma defesa do socialismo ou repudiar peremptoriamente o capitalismo. Quero apenas refletir no fato de que o grande problema do mundo não é em si um sistema econômico, mas o próprio homem. O homem é o autor do colapso do Planeta e de si mesmo.
O que o Capitalismo faz é realçar esse egoísmo intrínseco. Adensar uma perspectiva que faz parte da essência do ser humano. O estilo de vida defendido pelo homem é parasitário e faz com que sobre pouco espaço para a manuntenção da vida. Quantas já não foram as espécies extintas por causa do homem? Quantas já não foram as florestas destruídas para que cidades fossem construídas? Quantos não foram os rios e córregos completamente assolados de maneira irresponsável. Já vivemos a "bárbarie" propugnada por Rosa Luxemburgo.

Somente o homem é capaz de dizer: "Eu sou o dono disso aqui". "Isso é meu!" E com isso, todo o Planeta Terra está sitiado e medido pela ganância. Caminhamos a passos largos para o abismo. A estimativa é que em 2030, a população do mundo chegue a 9 bilhões de pessoas. E algumas perguntas nos surgem: Como vestir essas pessoas? Como alimentar essas pessoas? Como conseguir água? Como será a vida nas grandes cidades?

O que notamos é que quanto mais o tempo passa, mais percebemos que a velocidade do trem que construímos é louca e inconsequente. Estamos numa ladeira enorme e não queremos enxergar a curva à frente. Enquanto isso, uma festa continua sem que nos preocupemos com as irregularidades do caminho. Os próximos mil anos podem não aparecer.
Música da banda Dave Matthews Band (Don't Drink Water). Belas e perturbadoras imagens.
Música da banda Dave Matthews Band (Don't Drink Water). Belas e perturbadoras imagens.
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