sábado, julho 31, 2021

"Monika e o Desejo", de Ingmar Bergman.

 

“Monika e o Desejo” é um filme de 1953, dirigido por Ingmar Bergman. Entre os filmes bergmanianos já vistos por mim, este foi aquele que mais diverge das características peculiares encontradas nas películas do diretor sueco. Em uma leitura ligeira, parece-nos de que se trata de uma obra preocupada apenas com a hedonística irresponsável da vida de dois jovens. Todavia, há elementos na obra que apontam a genialidade destacada de Bergman. A personagem Monika esbanja liberdade, desenvoltura para lidar com os problemas que a cerca. É decidida. Corajosa. Não leva desaforo para casa. Seu romance com o jovem e confuso Harry é uma metáfora das relações jovens e descomprometidas. Após o casamento, a atmosfera de aventura e romance acaba. Instala-se a melancolia. Após o nascimento do filho, Monika mostra-se inadaptada e insatisfeita com a maternidade. O final do filme surpreende, pois coloca em evidência uma crítica aos padrões esperados pela sociedade. Trata-se de um filme em que Bergman abusou das simbologias. É ver com calma para entender qual é o desejo de Monika.

 

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