Que sustentam o mundo do meu ser.
Alguém disse que temos que
Está atentos para o brotar do novo na vida.
Mas o vazio, a tristeza e agonia circulam na órbita
Desarmônica do meu coração.
São entes satélites.
Eu só queria está mais atento para prestar atenção
A esses reveses desordenados.
São convulsões trépidas.
São descontínuos nervosismos que germinam
Em sinal de ânsia e solidão.
Talvez seja aquele rosto anêmico que está se
Escondendo por trás daqueles móveis velhos
Lá naquela sala isolado num canto da minha alma.
São apenas coisas sem brilho ou sem graça,
Talvez a ponta deste istmo continental, sem barreiras,
Sem fronteiras ou sem qualquer delimitação aparente.
Eu apenas me seguro nos fiapos de alegria que são
Tão tênues, tão incipientes.
Pareço estar na ante-sala que me leva a algum lugar.
Talvez este lugar não tenha fundo, não tenha paredes
Separatórias ou termo.
São apenas palavras que evocam algumas coisas.
Apenas coisas que não sei dá nome ou classificar
Com termos humanos e científicos.
Apenas os sinto, apenas o vivo, apenas sou eu,
Por isso, sinto coisas.
Meu momento é especial porque não sei
Identifico-me entre as infinitas e ínfimas
Criaturas do cosmo.
Eu sou apenas mais uma criatura neste mundo.
Insignificante e desprezível em relação ao
Universo de tamanho impensável.
Mas tenho sentidos e ouço um noturno
De Chopin e por isso sinto coisas.
Por Carlos Antônio M. Albuquerque
Data: 30/7/2003 09:00:33, quarta-feira.
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