
Empreendi uma busca. Procurei em vários sites da internet. Até que achei. Mas infelizmente o achado estava incompleto. Somente os dois primeiro estavam disponíveis, a saber, Koyaanisqatsi e Powaqqatsi. Comprei-os sem qualquer titubeio. Assisti por diversas vezes ao primeiro. Passados três anos, somente agora me dediquei a ver o segundo, filmado no ano de 1988. A experiência foi positiva. Não chegou a me impressionar tanto quanto primeiro, mas fiquei com aquela impressão aural, de magicidade, após ver ao filme. Falta-me apenas assistir ao terceiro – Naqoyqatsi – que consegui no final de 2009.
O interessante na temática

O vocábulo Powaqqatsi é uma junção de termos do idioma Hopi. A tradução aportuguesada ficaria assim: powaqq – “feiticeiro”, “bruxo”; qatsi – “vida”. No ajuste dos termos, fica assim: “uma espécie de entidade que se utiliza de um modo de viver para prolongar sua própria vida”. Powaqqatsi é um filme que trata de “sedução”. Ou seja, de um modo de vida que tem sofrido os efeitos mais violentos do progresso. A obra mostra como essas “culturas sulinas”, têm sido “parasitadas” por um estilo de vida ludibriador. A sedução não se dá com força, com violência, não usa imperativos belicistas. O estilo de vida criado por culturas “civilizadas” é o próprio “bruxo” capaz de tornar os indivíduos em seus escravos. Segundo o próprio Reggio, “o hemisfério sul está sendo consumido pela ordem criada pelo hemisfério norte”.
Os homens criaram uma utopia e essa utopia é a imortalidade virtual.

Assim, como em Koyaanisqatsi, Powaqqatsi tem a trilha sonora composta por Philip Glass, mestre do minimalismo musical. Sua música produz efeitos impressionantes enquanto vemos às imagens. É impossível “desvencilhar” a sucessão das imagens com a música. A música está encaixada às imagens e, as imagens, à música. O filme é uma forte experiência espiritual e de despertar da consciência.
Amostra de um dos capítulos do filme:
Por Carlos Antônio M. Albuquerque
Data: Quinta-feira, 27 de maio de 2010, 19:28:17
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