quarta-feira, setembro 12, 2012

A beleza mesmo em meio ao agreste

Em determinadas épocas do ano, o Distrito Federal se desertifica. O clima chega a níveis de pouca suportabilidade. A temperatura sobe. A umidade do ar chega índices alarmantes. O calor asfixiante nos deixa com uma forte sensação de irritabilidade. Tornamo-nos suscetíveis a problemas respiratórios com esse clima pouco "civilizável". A cidade inteira sofre. As crianças agonizam. Um colchão de fumaça encobre os quatro cantos da desse pedaço do Centro-Oeste. O céu límpido e alto que pode ser avistado com muita facilidade em outras épocas, torna-se indistiguível. 


Para piorar, os focos de incêndio se multiplicam. É corriqueiro constatarmos ao caminhar, um corpo cinzento se esgueirando para alcançar as alturas - o resultado das queimadas no cerrado. Em outras palavras: essa visão terrível já passou a fazer parte do período que se estende do final de agosto ao início de outubro. Setembro é o mês do "apocalipse" por aqui.

Mas a natureza é sábia e misteriosa. Ela oferece compensações. Presenteia-nos com revelações impressionantes. O que é curioso (e já se tornou notório em todo país) é o fato de que, nessa época, Brasília ganha cores de vida em meio à secura agreste. Ontem, por exemplo, ao voltar do trabalho para casa, pude presenciar vários ipês floridos. E, claro, acabei tirando algumas fotos com o meu celular. A qualidade não é das melhores, mas nos dá uma noção da beleza.

Abaixo, algumas imagens.






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