sexta-feira, outubro 13, 2017

Um excerto sobre Titono, personagem da mitologia grega

Meses e meses de silêncio completo. Abandono! Relapso! Ausência de curiosidade, de atividade. A lembrança vaga. O movimento para a ação emperrado. Hoje, resolvi escrever algo que me chamou a atenção. Está no livro Além de Darwin: o que sabemos sobre a história e o destino da vida na Terra, que ando lendo. Há um trecho em que ele fala de Titono, personagem singular da mitologia grega. 

O exemplo mais aterrador de falta de cuidado com desejos que me vem à cabeça envolve um sujeito chamado Titono, personagem da mitologia grega. Eis um cara que tinha tudo: príncipe de Tróia, um dos homens mais belos do seu tempo, reza a lenda que ele era tão charmoso que nem Eos, deusa da Aurora, resistiu aos seus encantos. Apaixonada pelo rapaz, Eos pediu que Zeus, o chefão dos deuses, transformasse Titono em imortal. Mas o desejo da deusa tinha sido terrivelmente mal formulado: ela esquecera de perdir que Titono também ficasse eternamente jovem. O resultado é que, embora não morresse, ele foi se tornando cada vez mais enrugado e carcomido, até acabar virando... um gafanhoto imortal.

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