sexta-feira, setembro 28, 2007

O silêncio do tempo

Esperamos pela alegria e nos surge o silêncio.
Ele brota sem pedir licença.
Os olhos lânguidos do meu amor que perguntam:
“Onde está você?”.
Nascemos, vivemos, morremos e todos esses
Dias são silêncios.
São divagações constantes.
O relógio do tempo que escorre pela memória.
A fantasia medonha que desenha curvas informes.
O pano rasgado, apenas.
As marquises abjetas com o seu limo curtido.
E os olhos do meu amor que me perguntam:
“Onde você foi?”
O silêncio que surge em forma de tristeza, de verso.
As constatações apenas de um dia sem história.
A vida que corre.
O ontem que foi.
Apenas o meu silêncio diante do mundo.
A marcha frenética por esses campos sem horizontes.
Os olhos do meu amor que me perguntam:
“Quem é você?”
Curvo a cabeça em sinal de desesperança.
As perguntas não respondidas, apenas.
O silêncio se consuma.
Apenas o silêncio nesse deserto profundo.

Por Carlos Antônio Maximino de Albuquerque

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