Há 139 anos, nascia mestre Lima Barreto, alguém que pagou um preço
alto pela sua origem e pela sua cor. Lima foi um intelectual inquieto,
revolucionário; alguém que denunciou a face mesquinha da sociedade
brasileira: preconceituosa, verticalizada, machista, racista,
moralista. Sua obra continua mais atual do que nunca. Lima é um
clássico. Ler Lima continua um exercício necessário para se compreender o
Brasil.
Livros como "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", "Clara dos Anjos",
"O triste fim de Policarpo Quaresma" ou "Os Bruzundangas", coloca-nos
em contato com uma crítica refinada, repleta de ironias. Lima teve um
fim triste. A história parece ter um humor. É, no mínimo histriônico,
que ele tenha nascido num dia 13 de maio. Nesta data, mais tarde, seria
declarada pelo violento e injusto Estado brasileiro, a abolição da
escravidão.
Tendo vivido
tão próximo da data, via e sentia na pele as consequências do evento. Se
em pleno século XXI os negros continuam vítimas de uma sociedade
violenta e desigual, imagine isso há cem anos atrás? Ler Lima é realizar
essa imersão. Entender-nos.
Já fiz comentários em outros momentos sobre o escritor carioca:
https://carlososer.blogspot.com/2012/12/lima-barreto-e-sua-critica-ao-pais-dos.html
https://carlososer.blogspot.com/2015/06/a-obra-de-lima-barreto-ainda-fala-clara.html
https://carlososer.blogspot.com/2016/10/recordacoes-do-escrivao-isaias-caminha.html
https://carlososer.blogspot.com/2016/11/os-bruzundangas-de-lima-barreto.html
Já fiz comentários em outros momentos sobre o escritor carioca:
https://carlososer.blogspot.com/2012/12/lima-barreto-e-sua-critica-ao-pais-dos.html
https://carlososer.blogspot.com/2015/06/a-obra-de-lima-barreto-ainda-fala-clara.html
https://carlososer.blogspot.com/2016/10/recordacoes-do-escrivao-isaias-caminha.html
https://carlososer.blogspot.com/2016/11/os-bruzundangas-de-lima-barreto.html
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