quarta-feira, maio 13, 2020

139 anos do nascimento de Lima Barreto



Há 139 anos, nascia mestre Lima Barreto, alguém que pagou um preço alto pela sua origem e pela sua cor. Lima foi um intelectual inquieto, revolucionário; alguém que denunciou a face mesquinha da sociedade brasileira: preconceituosa, verticalizada, machista, racista, moralista. Sua obra continua mais atual do que nunca. Lima é um clássico. Ler Lima continua um exercício necessário para se compreender o Brasil.

Livros como "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", "Clara dos Anjos", "O triste fim de Policarpo Quaresma" ou "Os Bruzundangas", coloca-nos em contato com uma crítica refinada, repleta de ironias. Lima teve um fim triste. A história parece ter um humor. É, no mínimo histriônico, que ele tenha nascido num dia 13 de maio. Nesta data, mais tarde, seria declarada pelo violento e injusto Estado brasileiro, a abolição da escravidão.

Tendo vivido tão próximo da data, via e sentia na pele as consequências do evento. Se em pleno século XXI os negros continuam vítimas de uma sociedade violenta e desigual, imagine isso há cem anos atrás? Ler Lima é realizar essa imersão. Entender-nos.

Já fiz comentários em outros momentos sobre o escritor carioca:

https://carlososer.blogspot.com/2012/12/lima-barreto-e-sua-critica-ao-pais-dos.html

https://carlososer.blogspot.com/2015/06/a-obra-de-lima-barreto-ainda-fala-clara.html

https://carlososer.blogspot.com/2016/10/recordacoes-do-escrivao-isaias-caminha.html

https://carlososer.blogspot.com/2016/11/os-bruzundangas-de-lima-barreto.html


 

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