domingo, agosto 12, 2012

100 anos de Jorge Amado

Na última sexta-feira, dia 10 de agosto, o Brasil comemorou cem anos do nascimento de Jorge Amado, um dos autores mais populares da história do país - senão pela literatura que produziu, talvez pelo fato de muitos de seus livros terem sido transformados em novelas globais ou de emissoras já extintas, como é o caso da TV Manchete.

Daquele "quarteto fantástico" do regionalismo do Nordeste - Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Jorge Amado - Amado foi o que eu menos li. Se não estou enganado, li apenas um livro dele - A morte e a morte de Quincas Berro d'Água, livro cuja enredo fantástico tive acesso quando estava no antigo segundo grau. Isso foi lá pelos anos 90. De lá para cá, fiz projeto para voltar a ler o autor baiano, mas ainda não o fiz - infelizmente.

Jorge Amado possui um protagonismo e uma militância política relevante na história do século XX no Brasil. Viveu em uma época do engajamento de ideias. Frequentou as fileiras do PCB durante muito tempo - ele e seu amigo Graciliano Ramos. Esteve exilado em países europeus e da América Latina por causa de sua militância comunista - algo impensado nos dias de hoje, numa época em que o escritor não tem a necessidade de ser engajado. 

Já faz certo tempo que tenciono ler Nos subterrâneos da liberdade. Já peguei os três tomos e abandonei o projeto. O livro foi escrito em meados da década de 50 e conta os problemas do Estado fascista erguido por Getúlio Vargas. Sempre quis lê-lo para fazer uma comparação com Memórias do Carcére, de Graciliano Ramos. Tenho o livro aqui, em meu computador, mas leitura de três volumes maciços não é nada fácil. O que me interessa em Jorge Amado é a sua primeira fase: a fase voltada para a crítica social - Jubiabá, Cacau, Suor, etc. A sua segunda fase é mais picaresca e mais voltada para a sensualidade - Gabriela, cravo e canela, Dona Flor e seus dois maridos, Tieta etc.

Fiz uma pequena investigação em minha biblioteca e encontrei alguns livros de o autor de Os pastores da noite. Ei-los: A morte e a morte de Quincas Berro d'Água, Tocaia Grande, Mar Morto, Jubiabá, Os pastores da noite e Cacau - seis no total. Comecemos por eles!

P.S. Milton Ribeiro escreveu uma ótima matéria pela ocasião da data de aniversário para o Sul21.

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